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Na segunda edição do Ensaio sobre o entendimento humano, John Locke (1632-1704) acrescenta o capítulo “Da identidade e da diversidade”, capítulo 27 do livro II. Esse novo capítulo foi escrito a pedido de William Molyneux (1656-1698) que solicitou a Locke abordar mais detalhadamente o princípio de individuação. No entanto, o filósofo inglês trata apenas brevemente do princípio de individuação, focando seus esforços em desenvolver sua teoria geral da identidade. Apesar desses dois princípios estarem fortemente relacionados na teoria lockiana, há uma diferença fundamental entre eles: enquanto a individuação segue um princípio único para todos os seres, a saber, a própria existência; a identidade é relativa, isto é, depende da espécie de coisa à qual é aplicada (corpo, ser vivo, pessoa). Visando a compreender melhor esse importante tópico da filosofia lockiana, este artigo pretende distinguir a teoria geral da identidade e o princípio de individuação.