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Memórias femininas da luta armada no Brasil e em Portugal
Ist Teil von
Varia Historia, 2023-12, Vol.39 (81)
Ort / Verlag
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais
Erscheinungsjahr
2023
Quelle
EZB Electronic Journals Library
Beschreibungen/Notizen
Resumo A literatura e o cinema podem ser documentos históricos que assumem forte teor testemunhal. Procuram, nesses casos, transmitir a vivência, a experiência e a memória daquele/a que as testemunham. Neste texto, colocamos o foco em narrativas de mulheres que participaram de organizações armadas durante a ditadura militar no Brasil e a ditadura salazarista em Portugal, entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970, e que, posteriormente, trouxeram a público suas memórias e vivências. Analisamos o documentário Que bom te ver viva, da cineasta brasileira Lúcia Murat, lançado em 1989, e o livro da jornalista portuguesa Isabel Lindim, Mulheres de armas: História das Brigadas Revolucionárias, publicado em 2012. Os depoimentos apresentados nessas obras evidenciam as diferenças dos processos políticos vividos nos dois países, bem como as especificidades das histórias e memórias narradas pelas mulheres. Essas diferenças remetem não apenas às características políticas dos dois países em foco, mas também aos distintos contextos de rememoração em pauta no filme e no livro analisados.
Abstract Literature and cinema can serve as historical documents, bearing potent testimonial content that aims to transmit the experiences and memories of those who have lived them. This analysis centers on the narrative of women who were active participants in armed organizations during the military dictatorship in Brazil and the Salazar dictatorship in Portugal, between the end of the 1960s and the beginning of the 1970s, and that later chose to make public their memories and experiences. Two works are analyzed: the 1989 documentary Que Bom te ver viva [How Nice to See You Alive] by Brazilian filmmaker Lucia Murat, and the 2012 book Mulheres de Armas: História das Brigadas Revolucionárias [Women in Arms: History of the Revolutionary Brigades], by Portuguese journalist Isabel Lindim. The testimonies presented in these works make explicit the differences in the political processes experienced in the two countries, as well as the specificity of histories and memories narrated by the women who were interviewed. These differences are not only indicative of the distinct political characteristics of the two countries but also reflect the specific contexts of remembrance at stake in the book and film under analysis.