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Concepções de Alunos Sobre Significância Histórica no Contexto da História de Portugal: Um Estudo com Alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Secundário
A investigação em cognição histórica em Portugal começa a dar os seus primeiros passos, tentando explorar a progressão das ideias dos alunos na compreensão de conceitos estruturais ou de segunda ordem, baseada numa abordagem de ensinoaprendizagem construtivista. Os seus resultados, até ao momento, têm permitido descobertas significativas para a educação histórica.O presente estudo, de tipo descritivo e qualitativo, explora as concepções de alunos acerca de um conceito de segunda ordem – a significância histórica – no contexto da História de Portugal.O estudo foi realizado com a participação voluntária de 45 adolescentes de anos finais do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, com idades compreendidas entre os 14 e os 19 anos, de duas escolas públicas do Norte de Portugal. A recolha dos dados empíricos foi realizada em dois momentos: no primeiro foi proposto uma tarefa de papel e lápis e no segundo foram realizadas entrevistas.A análise qualitativa dos dados empíricos permitiu verificar que as concepções dos alunos acerca da significância histórica se enquadram em cinco posições, de acordo com o modelo apresentado por Seixas (1997), que propõe cinco posições: Objectivista Básica; Subjectivista Básica; Objectivista Sofisticada; Subjectivista Sofisticada; Narrativista.A compreensão da significância histórica pelos alunos que participaram neste estudo distribui-se pelas cinco posições acima referidas. As posições subjectivistas foram identificáveis através do predomínio da expressão de interesses pessoais. As posições objectivistas foram identificáveis, quando essa expressão de interesses pessoais desaparecia nas avaliações que os alunos faziam da significância de episódios da História de Portugal. A posição narrativista foi perceptível quando os alunos construíam a significância histórica a partir da conexão de vários factos particulares, entendidos como fazendo parte de uma narrativa histórica integrada, e na conexão que estabeleciam entre conceitos e interesses subjectivos e tendências e desenvolvimento histórico, numa breve especulação do futuro do país.A análise dos dados permitiu verificar que a idade, o sexo, o desenvolvimento cognitivo, a escola e as vivências extra-escolares dos alunos interferem e condicionam a compreensão que fazem da significância histórica e que os alunos convocam as noções de progresso/desenvolvimento, declínio, contemporaneidade e causalidade quando avaliam a significância dos factos históricos.