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Construção de um discurso visual sobre a comensalidade nos espaços públicos de Lisboa: Bairro da Graça e zona ribeirinha da Praça do Comércio ao Cais do Sodré
Esta pesquisa teve como objetivo construir um discurso visual sobre como as pessoas se apropriavam informalmente dos espaços públicos no momento de fazer as refeições construindo novos significados e usos para estruturas arquitetônicas, urbanísticas e de engenharia. O estudo compreendeu os bairros da Graça e zona ribeirinha da Praça do Comércio ao Cais do Sodré. A análise imagética foi realizada a partir da seleção de 154 fotografias, correspondentes a 15 saídas de campo efetuadas no período de 19 meses, entre dezembro de 2016 a junho de 2018. Além da análise sobre a ocupação informal do espaço público e a influência da sazonalidade demos ênfase à descrição da variedade de alimentos consumidos e a proxémia procurando perceber como as pessoas se comportavam e criavam seus espaços individuais quando da apropriação informal desses espaços públicos no momento de alimentar-se. Através de entrevistas com profissionais ligados à Câmara Municipal de Lisboa, ateliês de arquitetura, responsáveis pelos projetos e análise das imagens foi possível concluir que espaços multifuncionais, com maior possibilidade criativa de apropriação estimularam as pessoas a construírem significados distintos para cada estrutura no momento de alimentar-se. O presente estudo apresenta resultados cujo campo pode auxiliar os profissionais de arquitetura e urbanismo e gestores públicos a repensar o espaço público, valorizando os temas ligados a alimentação bem como em meios de organizá-los para promover maior bem estar e liberdade aos cidadãos. Para os antropólogos e nutricionistas abre um amplo caminho para a discussão sobre os comportamentos alimentares e suas correlações com a cidade, os espaços públicos e o próprio mercado de consumo.